Maio

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  • Pearse, Lesley - "Nunca me Esqueças-Até Onde Iria Por Amor?" - Editora ASA
  • Magalhães, Ana Maria - " Uma Aventura No Pulo Do Lobo" - Editora Caminho
  • Magalhães, Ana Maria - "Uma Aventura Na Televisão" - Editora Caminho
  • Gonçalves, Lígia - "Uma Viagem Pela Madeira" - Editora
  • (A Assistente Técnica Maria José é responsável por este separador)

Dia Internacional dos Museus

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18 de Maio

Museu de História Natural de Londres

Consegue imaginar o mundo sem Museus?

De repente podemos até achar que conseguimos, mas pensando a fundo seria muito estranho. Não teríamos contacto com objectos ou mesmo com fósseis de seres da Terra que tiveram vida noutra época.

Quando entramos num Museu, estamos a entrar numa verdadeira máquina do tempo, que nos proporciona uma viagem pelos séculos de um mundo e de uma humanidade, que nem sequer sonharíamos existir se não fossem estas instituições.

Se não fossem os Museus, jamais teríamos a oportunidade de ver, por exemplo, o compasso geométrico de Galileu Galilei, conservado, nos dias actuais, no Castello Sforzesco, em Milão.



Compasso Geométrico


Galileu Galileu


O Dia Internacional dos Museus, efeméride de grande tradição para o mundo dos museus desde o dia 18 de Maio de 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus - será celebrado em 2010 sob o tema “Museus e Harmonia Social” com actividades dedicadas a esse tema.

Mais uma vez o tema proposto para a comemoração do Dia dos Museus vem reiterar a questão social na contemporaneidade, com os seus permanentes desafios e necessidades, fruto das transformações de que são alvo os contextos sociais, culturais, económicos…, exigindo a criação constante de “pontes” e articulações e a afinação de programas nos museus que contribuam para a integração / coesão / harmonia social.


Museu Louvre, Paris

MUSEUS NATURAIS

Um museu não precisa ser um lugar com uma porta de entrada e objectos ou quadros expostos , está enganado. Após a criação pela UNESCO, em 1972, da Convenção do Património Mundial, isto perdeu um pouco o sentido.

Com a Convenção, pretendeu-se incentivar a preservação de bens culturais e naturais, avaliados como marcos estéticos da humanidade. Valorizaram-se cidades ou locais que, além de serem referência histórica e de identidade das nações nas quais se situavam, podiam ser concebidos como um Património Mundial.

A preservação desses lugares fica, portanto, a cargo do seu país de origem, que recebe o apoio da UNESCO nas atividades de protecção, pesquisa e divulgação.

Os museus são uma contribuição única no mundo. Através dos anos, preservam os objectos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica.

No caso das cidades ou locais preservados como Património Histórico e Cultural, a própria arquitectura utilizada nas construções de moradias adquire, com o passar do tempo, uma dimensão de arte a ser preservada.


Palácio Museu da Pena, Sintra

Pensemos ainda nos seres que jamais poderíamos imaginar, se não fosse o trabalho de exposição, em Museus de História Natural, dos esqueletos de animais pré-históricos. Sem dúvida uma fascinante viagem no tempo é o que os Museus, em geral, costumam nos proporcionar. Isto porque tudo o que pode ser visto nos Museus representa, na verdade, as riquezas naturais e culturais do mundo.

Museu Bode, Berlim

O PROFISSIONAL DE UM MUSEU

As pessoas que trabalham num museu são, acima de tudo, profissionais que procuram alta qualidade. Todos os museus, sejam especializados em arte, história ou tecnologia, têm como objectivo principal a prioridade cultural. Nessa área, a performance profissional qualificada é fundamental:

Ù Atenção a detalhes;

Ù Capacidade de análise, concentração, observação e organização;

Ù Criatividade;

Ù Curiosidade;

Ù Gosto pela pesquisa e pelos estudos;

Ù Habilidade manual;

Ù Interesse em adquirir conhecimentos em outros sectores;

Ù Sensibilidade artística, senso crítico e estético são essenciais para se exercer um bom trabalho;

Não esquecendo que o principal compromisso de um museu é servir ao público e que um bom profissional não deverá jamais perder esse compromisso de vista.

(Trabalho elaborado pela Assistente Técnica Maria José)

17 a 21/5 - Semana do Cinema

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Vai haver mais uma semana do cinema que, naturalmente, vem inserida no
Projecto EDUCAmedia - Aprender com o Cinema.
Os filmes projectados nesta semana vão ter como temática A Pobreza e a exclusão Social e vêm acompanhados de um guia curricular para depois explorares na sala de aula com o teu professor.

Os filmes serão projectados na sala de sessões/Biblioteca cantinho do conhecimento, nos dias 17, 18, 19, 20 e 21 de Maio.
2.º Ciclo ; duração- 83 m

3.º Ciclo ; duração-137 m

Os alunos terão de vir acompanhados pelos professores! As inscrições estão na sala dos professores, pede ao teu professor se quiseres ver um filme divertido e, sobretudo, Aprender com o Cinema.

Depois podes deixar a tua opinião sobre os filmes ou a Pobreza e a Exclusão Social.

Ora aqui estão uns trabalhinhos bem bonitos entregues pelo 6.º A,com a professora Helena Nunes, na Biblioteca Cantinho do Conhecimento:


Roubar ele não fazia,
Outrora ele não comia.
Bem ele queria,
Intenção, ele teria.
Não fiquem a pensar que ele era um ladrão!

Dava sem receber,
Obrigado lhe respondiam.
Sem problemas o faziam, era a sua vida.

Bondade não lhe faltava,
Ou então como seria?
Se todos fossem como ele,
Queriam todos ser ricos.
Uma unidade (saco de ouro) dava a cada pessoa,
E então o que se faz?
Sim, dizer sempre sim à ajuda...
Trabalho elaborado por 6.ºA:
Tiago Costa, n.º 17; Cristiano Andrade, n.º 5; Leandro Ferreira, n.º 8.


No meio do bosque
Andam eles a passear
Viram a carroça
E toca lá a roubar!

Robin e seu amigo,
João pequenino,
Roubavam o Rei
E davam a quem era pobrezinho.

O pai da sua amada
O Rei João,
Estava zangado
Que nem comia o pão.

Contratou Guardas
Para o encontrar,
Mas ele disfarçado
Não se deixou apanhar!

Có-có-ró-có
Cantava a galinha
Que sabia Karaté
E era muito sonsinha.

Também havia o Xerife,
Que respeitando as ordens reais
De todos tirava o dinheiro,
Trabalhavam no duro os tristes pais...

Amiga do Príncipe João
Era a serpente Lambe-botas,
Jogada p'ró barril ás cambalhotas
Pelo malvado Leão.

Depois de tudo isto
Conseguiram terminar o trabalho árduo,
Que foi mandar embora o Príncipe João
E voltar o Rei Ricardo!
Trabalho elaborado por 6.º A:
Mariana Bettencourt, n.º 12; Mónica Monteiro, n.º 13


No meio do escuro bosque
Só uma luz se observava
E o Robin dos Bosques
Só ajudava!

Tirava aos ricos para dar aos pobres
O ouro dourado.
Pelo povo
Era o mais adorado!

Os impostos Tinham que pagar
Para o Rei não os matar,
O Xerife o Dinheiro tirava
E o Rei ganhava.

O Xio sempre com atenção
E o Rei sem coração.
O coração de Marian batia pelo Robin,
Que nos bosques floria.

A galinha ténis jogava
E Mirian a ganhava
Enquanto a flecha voava
E no meio da relva aterrada.

O João Pequeno o Robin ajudava
E os diamantes reais tirava,
Enquanto o Rei
No dedo Chuchava.

O João Pequeno Disfarçado
E o guarda do rei encantado.
O Padre protector
E o Xerife enganador.

O povo amarrado
E o Xerife sentado,
O Rei a dormir
Um soninho descansado.
Trabalho elaborado por 6.ºA: Sofia Pinto, n.º 16; Catarina Caires, n.º 3


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Aqui neste espaço podes deixar a tua sugestão ou ideias para a Biblioteca Cantinho do Conhecimento. Se tiveres trabalhos que gostasses de ver aqui publicados entrega-os à professora/ coordenadora.
Estamos esperando bons conselhos!

Dia da Mãe

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2 de Maio


O objectivo era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Para a Anna, a data tinha um significado mais especial: homenagear a própria mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, falecida naquele mesmo ano. Ann Marie desejava um feriado especial para honrar as mães.

Anna Jarvis

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Em 1914, a celebração foi unificada nos Estados Unidos, sendo comemorado sempre no segundo domingo de maio. Em pouco tempo, mais de 40 países adotaram a data.

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou o feriado.

Mas Anna não foi a primeira a sugerir a criação do Dia das Mães. Antes dela, em 1872, a escritora Julia Ward Howe chegou a organizar em Boston um encontro de mães dedicado à paz.

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia Antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

Rhea, mãe dos deuses

O próximo registo está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de “Mothering Day”, que deu origem ao “mothering cake”, um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Mothering cake

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de Abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, associou o Dia das Mães ao calendário das datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os Estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo Domingo de Maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Depois mais de 40 países celebraram a data.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem frequentemente o amor que recebem das suas mães. “O amor de uma mãe é diariamente novo”, afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Anna Jarvis

Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Num telegrama para a Congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

(Trabalho elaborado pela Assistente Técnica Maria José)


CURIOSIDADES do Corpo Humano

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Sabias que...
  • O esqueleto de um homem de 64 quilos pesa cerca de 11 quilos;
  • O olho humano é capaz de distinguir 10.000.000 de diferentes tonalidades;
  • Se dormirmos, em média, 8 horas por dia, aos 40 anos teremos dormido 13 anos;
  • Com uma média de 70 batidas por minuto, o coração bate 37 milhões de vezes por ano;
  • O corpo humano é formado por 70% de água, que corresponde a metade do nosso peso; no organismo, a água transporta alimentos, resíduos e sais minerais; lubrifica tecidos e articulações; conduz glicose e oxigénio para o interior das células, e regula a temperatura;
  • Um adulto elimina 3 litros de água por dia, por meio da urina, suor e da respiração;
  • Cada soluço dura menos de 1 segundo e ocorrem com um frequência normal e regular de 5 a 25 vezes por minuto. O livro dos recordes menciona um soluço que durou 57 anos;
  • Todos temos 300 ossos quando nascemos, mas chegamos a adultos apenas com 206;
  • Uma pessoa normal tem à volta de 1.460 sonhos por ano;
  • Uma pessoa possui quase um milhão de fios de cabelo;
  • Os vasos capilares são 50 vezes mais finos do que um cabelo;
  • Segundo os cientistas japoneses, cada beijo diminui o tempo de vida em 3 minutos, tal é o esforço exigido ao coração;
  • O cabelo cresce cerca de 0,6 cm por mês e mais depressa pela manhã do que em qualquer outra hora do dia;
  • O único osso do corpo humano que não se liga com nenhum outro é o hióide, que sustenta a língua e os seus músculos;
  • Uma piscadela de olho dura, em média, um décimo de segundo;
  • Os seios pesam, em média, 250 gramas cada um;
  • Se uma pessoa nunca cortasse as unhas das mãos, elas mediriam cerca de 4 metros aos 80 anos;
  • Mais de metade dos ossos do corpo humano estão nas mãos e nos pés;
  • Em média, uma criança de 4 anos faz 437 perguntas por dia;
  • A mão humana tem 27 ossos e 35 músculos.

1.º de Maio-Dia do Trabalhador

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1.º de Maio
"A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada de trabalho, mas também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.”“ – Perseu Abramo.

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade.

Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

Chicago, Maio de 1886


O retrocesso vivido nestes primórdios do século XXI remete-nos directamente aos piores momentos dos primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando ainda eram comuns práticas ainda mais selvagens. Não apenas se procurava mais produtividade, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por excessivas horas de trabalho que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos, no final do século XVIII e durante o século XIX; como também férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis os trabalhadores inventavam vários tipos de organização: como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.

Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução do tempo de trabalho. As Greves, que nem sempre pacíficas, surgiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. Nesta época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado mas era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.

Como já se tornou comum, os jornais mais importantes chamavam os líderes operários de preguiçosos e desordeiros. Uma manifestação pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício.

Manifestações do Primeiro de Maio de 1886

No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a polícia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta, apesar de os líderes pedirem calma.

Os oradores se revezavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação, um grupo de 180 polícias atacou os manifestantes, espancando-os. Uma bomba rebentou no meio dos guardas. Uns 60 foram feridos e vários morreram. Os reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direcções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram nesse dia.

A repressão foi aumentando num crescendo sem fim e as pessoas foram proibidas de saírem à rua. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo os seus pertences.

A justiça burguesa levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

Spies fez a sua última defesa:
"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

Parsons também fez um discurso:
"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão". Fez um relato da acção dos trabalhadores, desmascarando a farsa dos patrões com minúcias e falou de seus ideais:
"A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objectivo do socialismo".

No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg não estava entre eles, pois suicidou-se. Passados seis anos, o governo de Illinois, pressionado pelos protestos contra a iniquidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.

Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.

No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional. Nele Herr Marx expulsou os anarquistas, cortou o braço esquerdo do movimento operário num momento em que a concordância entre todos os socialistas, comunistas e anarquistas residia na meta: chegada a uma sociedade sem classes, sem exploração, justa, fraterna e feliz. Os meios a empregar-se para atingir aquele objectivo constituíam os principais pontos de discordância: Herr Marx, com toda a sua genialidade incontestável, levou adiante a tese de que somente através de uma “Ditadura do Proletariado” se poderia ter os meios necessários à abolição da sociedade de classes, da exploração do homem pelo homem.

Mikhail Bakunin, radical libertário, contrapondo-se a Marx, criou a nova máxima: “Não se chega à Luz através das Trevas.” Segundo o Anarquista russo, deve-se buscar uma sociedade feliz, sem classes, sem exploração e sem “ditadura” intermediária de espécie alguma! A tendência maioritária do Congresso ficou em torno de Herr Marx e os Anarquistas foram expulsos.

Muitos têm apontado nesta ruptura de 1890 os motivos do fracasso do socialismo. Enfatizou-se mais do que o necessário a questão da “ditadura” e o “proletariado” acabou esquecido. A própria China de hoje (2004) é disso exemplo: uma pequenina casta de empresários lidera ditatorialmente uma nação equalizada à força aproximando perigosamente aquela tendência do neoliberalismo...

Nesta reunião do Congresso Operário de 1890, o belga Raymond Lavigne promoveu uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.

No segundo Congresso Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objectivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".

Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um facto histórico isolado na luta dos trabalhadores. Ela representou o desenrolar de um longo processo de luta, em várias partes do mundo que, já no século XIX, acumulavam várias experiências na luta entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constróem e sonham!).

O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.


Muitos foram os que tombaram na luta por um mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje fez-se um longo percurso de lutas históricas. Os tempos actuais são difíceis para os trabalhadores. A nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior promovendo horas de trabalho mais longas com salários mais baixos; cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém, para a nova ordem eles são descartáveis. Essa é a modernidade neoliberal.A realidade mostra-nos a face cruel do capital. A produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil. Somente na Ásia, são 146 milhões nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano que passa.


( trabalho elaborado pela Assistente Técnica Maria José)