Sophia do Mello Breyner

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BIOGRAFIA

Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem sombra de dúvida, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos – um nome que se transformou, em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia.

Sophia nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clássica.

Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica, tendo sido notória activista contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".

Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.

Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de Mello Breyner denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema.

Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia, quer na obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou em clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina do Mar".

Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua tradução de "O Purgatório".

PRÉMIOS LITERÀRIOS

& Grande Prémio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores, 1964 (Canto Sexto);


& Prémio Teixeira de Pascoaes, 1977 (O Nome das Coisas);


& Prémio da Crítica, da Assoc. Internacional de Críticos Literários, 1983 (pelo conjunto da obra);


& Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus, 1989 (Ilhas);


& Grande Prémio de Poesia Inasset/Inapa, 1990 (Ilhas);


& Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, 1992 (pelo conjunto da obra);


& Prémio 50 Anos de Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, 1994;


& Prémio Petrarca, da Associação de Editores Italianos;


& Homenageada do Carrefour des Littératures, na IV Primavera Portuguesa de Bordéus e da Aquitânia, 1996.;


& Prémio da Fundação Luís Miguel Nava, 1998 (pelo livro O Búzio de Cós e Outros Poemas);


& Prémio Camões, 1999 (pelo conjunto da obra);


& Prémio Rosalia de Castro, do Pen Club Galego, 2000;


& Prémio Max Jacob Étranger, 2001;


& Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana, 2003.

Obrigado pela sua obra

O Prémio Camões é hoje, sem dúvida, o reconhecimento maior e mais nobre que um escritor de língua portuguesa pode receber na sua área linguística. A obra de Sophia, pela sua regularidade, pelo seu equilíbrio, pela sua nobreza, pela sua pureza, justifica inteiramente o prémio.

Os leitores de Sophia, e contam-se por muitos milhares, de todas as idades e de todas as formações, que conhecem a música dos seus poemas e, frequentemente, os sabem de cor, não deixarão de regozijar-se por esta decisão, que os identifica com um prémio que é de todos nós que falamos português. A Editorial Caminho, que publica a obra poética de Sophia, associa-se naturalmente a este coro de aprovações. Parabéns, Sophia, pelo prémio. E obrigado. Obrigado pela sua confiança em nós, obrigado pela sua obra.

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