Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

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24 de Janeiro

Em dezembro de 2007, a UNESCO deu início às comemorações do 60º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, texto elaborado depois da devastação causada pela Segunda Guerra Mundial e das atrocidades cometidas naquele período. Hoje, 60 anos depois, lembramos respeitosamente das vítimas e dos sobreviventes daqueles anos, quando o Holocausto violentou os direitos humanos básicos de milhões de homens, mulheres e crianças. O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto fornece um tempo e um espaço próprios para reflexão colectiva e lembrança desse trágico episódio da história mundial.

Hoje, quando pensamos naqueles que perderam as suas vidas e as dos seus entes queridos, reconhecemos que o espírito humano não se perdeu e que, recordando os horrores de então, podemos, e de facto devemos, nos unir para evitar que factos semelhantes aconteçam novamente. Sabedores de que o ódio cresce das sementes da ignorância, temos, na comunidade internacional, a responsabilidade colectiva de assegurar que esse ódio não encontre meios de prosperar.

Com a adopção da Resolução em Educação para a Memória do Holocausto pela Conferência Geral da UNESCO de 2007, a Organização deu início a vários esforços para contribuir com essa meta. Ao longo de todo o ano passado, a UNESCO estabeleceu parcerias com diferentes actores dentro e fora das Nações Unidas. A Organização também contribui com a construção de consciências contra todas as formas de discriminação e contra todas as acções e palavras que possam ser interpretadas como negação do Holocausto.

A educação sobre o Holocausto não deve reconhecer limites em relação a assuntos curriculares, local, idade e grupo de estudantes. Mais do que silenciar, deve inspirar nossos jovens a desafiar o anti-semitismo, o racismo e o extremismo. Por meio de nossas redes de escolas e universidades, como as Escolas Associadas da UNESCO e as Cátedras da Organização, assim como por meio do trabalho de nossos institutos de educação, entre eles o Escritório Internacional de Educação (IBE), a UNESCO assegurará que a memória do holocausto não se perca nas futuras gerações. Somente pela promoção dessa memória é que a dor e o sofrimento causados à humanidade por esse trágico evento podem ser traduzidos em uma série de acções positivas que assegurem que eles jamais se repetirão.


SIGNIFICADO DA PALAVRA HOLOCAUSTO

A palavra holocausto (em grego antigo: λόκαυστον, λον [todo] + καυστον [queimado]) tem origens remotas em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que animais (por vezes até seres humanos) eram oferecidos às divindades, sendo completamente queimados durante a noite para que ninguem visse. Nesse caso, holocausto quer dizer cremação dos corpos. Este tipo de sacrifício também foi praticado por tribos judaicas.

A partir do século XIX, a palavra holocausto passou a designar grandes catástrofes e massacres, até que após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto (com inicial maiúscula) passou a ser utilizado especificamente para se referir ao extermínio de milhões de judeus e outros grupos considerados indesejados pelo regime nazista de Adolf Hitler.


A maior parte dos exterminados era judia, mas também havia militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, além de activistas políticos, Testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum.



Mais tarde, no correr dos julgamentos de Nurembergue, o termo foi sendo aos poucos adoptado por judeus e, em menor número, por esses outros grupos considerados indesejados no regime nazista de Adolf Hitler.

Como a maior parte dos perseguidos políticos de Hitler que podiam reclamar eram os judeus, os militantes não aliados foram esquecidos.

Todos estes grupos pereceram lado a lado nos campos de concentração e de extermínio, de acordo com textos e fotografias, (testemunhos de sobreviventes numa extensa documentação deixada pelos próprios nazistas.

O número exacto de mortes durante essa passagem é, mas segundo alguns especialistas estima-se que o número de pessoas desaparecidas, mortas ou assassinadas durante o conflito somam cerca de seis milhões de pessoas.


Actualmente, Holocausto foi novamente utilizado para descrever as grandes tragédias, sejam elas antes ou depois da Segunda Guerra Mundial. Muitas vezes a palavra holocausto tem sido usada para qualquer extermínio de vidas humanas executado de forma deliberada e maciça, como na que resultaria de uma guerra nuclear, falando-se por vezes de holocausto nuclear.

Dia Mundial da Alfabetização

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8 de Janeiro

O Instituto Nacional de Estatística revelou que o analfabetismo em Portugal fixa-se acima dos 9%. Isto significa quase um milhão de pessoas que não sabe ler, nem escrever.

Nos países nórdicos é um escândalo encontrar-se uma pessoa analfabeta, já em Portugal esta realidade ainda existe.
Rui Seguro, presidente da Associação O Direito de Aprender afirma ser uma realidade bastante triste a taxa tão elevada de analfabetismo no nosso país. Diz ainda haver bastantes metas a atingir como a alfabetização, a redução do abandono escolar e a melhoria nas áreas da matemática, Língua Portuguesa e Ciências. Ainda há jovens com 15 anos que apresentam um fraco índice de leitura superior a 20,9%.

Dia Mundial do Braille

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4 de Janeiro


Assinala-se a 4 de Janeiro o «Dia Mundial do Braille», efeméride que pretende, acima de tudo chamar a atenção para os problemas dos cidadãos invisuais e da responsabilidade que a todos nos envolve nesta problemática, de modo próprio na construção de um mundo onde seja possível, cada vez mais e em cada dia, a sua integração e um não pleno à discriminação, dentro do princípio que foi campanha no ano prestes a findar «Igualdade de oportunidade para todos».

Recorda-se que o método de Braille, que veio permitir um vasto número de actividades aos invisuais, de modo próprio a leitura, a integração profissional, a música, etc, foi inventado por Louis Braille, que faleceu em Paris aos 43 anos de idade, em 1852 e que cegara aos 3 anos.
Professor toda a sua curta vida, compositor e um verdadeiro génio compôs livros para facilitar o ensino e elaborou com Foucault, um novo alfabeto para cegos, também aplicado à música, à estenografia e ao cálculo, modificando preponderantemente a educação dos mesmos.

Neste «Dia Mundial do Braille» vamos, com muita e plena afectividade, saudar todos os invisuais e continuar a prestar-lhes todo o possível apoio e a desenvolver os esforços para a sua plena integração na nossa sociedade.

Centro da Mãe

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QUEM SOMOS?

O Centro da Mãe é uma Instituição Particular de Solidariedade sem fins lucrativos. Está sedeado na Avenida Luís de Camões, Bloco 14 R/c Dto., Bairro do Hospital, estando aberto das 9.00 às 12.30 e das 14.00 às 17.30, excepto ao fim-de-semana.

Foi formado em Junho de 1999 com o objectivo principal de construir um lar para acolher entre 10 a 12 grávidas e jovens mães em situação de risco, com os seus filhos, não existindo actualmente na Madeira qualquer lar para este fim.

Esta Instituição Particular de Solidariedade Social rege-se pelos princípios do respeito pela vida humana e tem como objectivos principais a realização pessoal e integração sócio-familiar das grávidas e jovens mães em risco e garantir o direito à vida, bem-estar e educação dos seus filhos.

Funciona com uma equipa multidisciplinar composta por uma Assistente Administrativa e uma Assistente Social remuneradas pelo Centro, uma Psicóloga destacada pela Direcção Regional de Educação, uma Psicóloga em estágio curricular da Universidade da Madeira, uma Animadora Sociocultural em Estágio Profissional e uma Auxiliar de Serviços Gerais num Programa ocupacional para desempregados, ambas através do Instituto Regional de Emprego.

Sempre que há possibilidade, o apoio e acompanhamento destas mães é feito no seu âmbito familiar ou local de habitação; no entanto existem situações graves de extremo isolamento e desespero pessoal que exigem um ambiente acolhedor onde se possam prestar os cuidados profissionais necessários, além de acompanhamento durante a gravidez, aquisição de competências parentais e também a formação profissional que ofereça às mães e suas famílias a possibilidade de um futuro independente e seguro.

De forma a colmatar esta situação, iniciou-se em Outubro de 2008 o curso de Assistente Familiar e Apoio à Comunidade, de nível II com equivalência ao 9º ano, na Escola da Apel, que terá a duração de dois anos.

No final de 2007 teve início um curso de manicura, por ser uma área muito valorizada pelas nossas mães, e que lhes permitirá valorizarem-se para um trabalho futuro, assim como, o acesso a consultas de medicina dentária gratuitamente, situação impossível de comportar pelas utentes, devido aos baixos rendimentos.

Todas as mães que chegam ao Centro, quer sejam encaminhadas por uma Assistente Social ou outros Técnicos, são atendidas pela Assistente Social e pela Psicóloga para avaliação da sua situação. Todos os casos são atendidos individualmente, sendo “cada caso um caso”, variando os apoios prestados consoante a avaliação das necessidades e a nossa capacidade de resposta existindo, igualmente, um apoio ao nível de papas, leite e fraldas, constituindo estes últimos a maioria dos pedidos.

Até ao momento encontram-se inscritas 480 utentes, sendo que 147 delas se inscreveram em 2007 verificando-se, assim, um aumento significativo de mães em risco na R.A.M. se tivermos em conta o facto de as utentes terem começado a ser atendidas apenas em 2001.

Neste 2.º Período foi escolhido a Associação Centro da Mãe para fazermos a nossa campanha de solidariedade entre a comunidade educativa da escola. Aceitamos, portanto, donativos. O Centro da Mãe necessita:

· Leite para lactentes;

· Papas com e sem glutén;

· Bens alimentares para crianças pequenas;

· Fraldas descartáveis de todos os tamanhos;

· Lençóis e cobertores (para berço e camas de adulto);

· Artigos de puericultura;

· Carrinhos de bebé, berços;

· Cadeirinhas tipo “maxi-cosi”;

· Parques para bebé;


A biblioteca continua à espera dos donativos da comunidade educativa para esta instituição. Esses donativos podem ser deixados na biblioteca onde temos também o calendário à venda por 5€, dinheiro que reverte todo a favor do Centro da Mãe.


Ana Teresa Pereira

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Ana Teresa Pereira nasceu em 1958 no Funchal.

Em 1989, publicou o seu primeiro livro, Matar a Imagem, com o qual ganhou o Prémio Caminho Policial.

Em 1990 na colecção Campo da Palavra publicou o romance As Personagens.


Estreou-se na literatura infantil com A Casa da Areia e A Casa dos Penhascos, dando assim início a uma nova colecção para jovens.

Desde o seu primeiro livro tem vindo a publicar regularmente. A singularidade da sua temática e a concisão da sua escrita reservam a Ana Teresa Pereira um lugar próprio na literatura portuguesa actual.

UMA BIOGRAFIA LITERÁRIA

Esta autora estreou-se com um romance policial - Matar a Imagem - premiado pela Caminho em 1989. Nele encontramos irrelevantes ecos biográficos. A heroína chama-se Rita e abandonou um curso de Filosofia para assumir a tarefa de escrever:

«Havia nela um medo feroz da escrita, de cair no poço sem fundo que era ela própria. O medo não era muito intenso nas semanas em que escrevia o livro na mente e as cenas e as personagens se formavam e desfaziam, e nem sabia se tinha um livro ou não.»

Rita vai casar com David, apesar das animosidades:

«Sentiu naquele instante que o detestava profundamente. A ele e ao que representava: um caminho certo, traçado, paralelo aos outros.» uma recusa que definirá todas as suas heroínas. Para o evoluir desta história de morte e amor, com vampiros e anjos, vai ser fundamental uma casa antiga, o mar, e o nevoeiro. Para todas as outras também.

Na obra de Ana Teresa Pereira repetem-se os cenários, e ainda os gestos, situações, sentimentos. Há obsessões que se vão misturando, se tocam e trocam refazendo-se noutras histórias, ou contando outra vez a mesma de outra maneira - como a questão do duplo, mais evidente em As Personagens de 1990 (Caminho).

O processo denuncia-se principalmente pelos nomes - vão surgir Marisas, Dianas, Miguéis, vários David e Tom ou Charlie.

Quanto aos nomes, não respeitam géneros. Repetem-se numa colecção juvenil editada entre 1991-92 (Caminho) que tem por base de título A Casa: A Casa dos Pássaros, A Casa dos Penhascos, A Casa do Nevoeiro, A Casa das Sombras, A Casa da Areia. Aventuras de um pequeno grupo de cinco heróis - a invocar a famosa Enid Blyton: os irmãos David e Cristina, a prima Mónica, o amigo João, e o cão Charlie. Os miúdos desvendam mistérios por vários locais da ilha da Madeira. A mãe, Carla, escreve livros. Em A Casa do Nevoeiro parece que se apaixona por um pintor de anjos de nome Miguel.

Tom é o protagonista de A Cidade Fantasma, passado em Londres (Caminho, 1993). Um escritor de policiais que vai casar com uma Patrícia. A mulher é sempre «a mãe, a bruxa, a amante, a filha pequenina» como a psiquiatra de Num Lugar Solitário, que lá mais para a frente se descobre chamar Patrícia, ter uma irmã-duplo Micaela, e por paciente um pintor chamado Tom. Uma história com capelas, a passar pelo Paul do Mar, como A Casa do Nevoeiro.


O registo policial vai ser preterido nos livros seguintes. A Noite Escura da Alma (Caminho, 1997) é o nome do terceiro e último conto que compõe o volume. Juntam-se-lhe O Anjo Esquecido e Sete Anos, a evoluírem para um romance pautado pela música das Variações Goldberg. A casa anima-se diante da paixão de Tom por Marisa. Esta tem um(a) duplo chamado Patrícia. No conto final, uma Marisa-filha transfere a paixão pelo pai-Tom para um namorado David.

Bibliografia


Matar a Imagem - Editorial Caminho 1989

As personagens – Editorial Caminho - 1990

A Casa dos Penhascos – Editorial Caminho - 1991

A Casa dos Pássaros - Editorial Caminho 1991

A Casa das Sombras - Editorial Caminho 1991

A Casa da Areia - Editorial Caminho 1991

A Última História - Editorial Caminho 1991

A Cidade Fantasma - Editorial Caminho 1993

Num Lugar Solitário - Editorial Caminho 1996

Fairy Tales – Black Sun - 1996

A Noite Mais Escura da Alma - Editorial Caminho 1997

A Casa do Nevoeiro - Editorial Caminho 1997

A coisa que eu sou – Relógio d'Água – 1997

As rosas mortas – Relógio d'Água - 1998

O rosto de Deus - Relógio d'Água 1999

Até que a morte nos separe - Relógio d'Água 2000

Se eu Morrer Antes de Acordar - Relógio d'Água 2000

O Vale dos Malditos - Black Sun 2000

A Dança dos Fantasmas - Relógio d'Água 2001

A Linguagem dos Pássaros - Relógio d'Água 2001

O ponto de vista dos demónios - Relógio d'Água 2002

Intimações da Morte - Relógio d'Água 2002

Contos - Relógio d'Água 2003

Se nos encontrarmos de novo - Relógio d'Água 2004

O sentido da neve - Relógio d'Água 2005

O Mar de Gelo - Relógio d'Água 2005