Ana Maria Magalhães nasceu em Lisboa, a 14 de Abril de 1946, no seio de uma enorme família onde as crianças ocupavam o primeiro lugar. A casa albergava pais, avós, uma tia viúva notável contadora de histórias. Ali eram recebidos também com frequência os muitos tios e primos, que se instalavam para passar temporadas quando vinham do Porto, da Régua, de Moncorvo, trazendo consigo outras posturas, outras histórias, uma linguagem diferente com outras expressões, outras sonoridades.
A infância e juventude decorreram portanto num ambiente alegre, caloroso, rico de experiências humanas.
Foi aluna do Colégio Sagrado Coração de Maria, onde concluiu o Ensino Secundário.
Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo acumulado, durante os três primeiros anos, com a frequência do Curso Superior de Psicologia Aplicada no ISPA. O casamento, aos 21 anos, obrigaria a uma opção.
Ainda estudante, começou a trabalhar na Cambridge School e depois no Gabinete de Estudos dos Serviços de Apoio à Juventude do Ministério da Educação.
Iniciou a actividade docente como professora de História de Portugal do 2º ciclo no ano lectivo de 1969/1970, no Liceu António Enes, em Lourenço Marques, Moçambique.
O contacto próximo com crianças africanas, indianas, chinesas e portuguesas foi tão motivante que, de regresso a Lisboa, decidiu enveredar definitivamente pela carreira docente. Encontrou colocação na Escola Preparatória de Salvaterra de Magos, onde teve oportunidade de conhecer o meio rural, experiência muito gratificante, apesar das dificuldades inerentes ao facto de trabalhar longe de casa tendo dois filhos pequenos.
No ano lectivo de 1976/1977 fez estágio pedagógico na Escola Preparatória Fernando Pessoa, em Lisboa. Entre 1980 e 1982 desempenhou funções na Formação de Professores de História.
Em 1982 foi convidada para Técnica do Serviço de Ensino de Português no Estrangeiro. Nessa qualidade preparou e apresentou cursos de formação de professores, visitou escolas em vários países da Europa e nos Estados Unidos da América, participou em seminários do Conselho da Europa em Portugal e no estrangeiro.
O Ministro da Educação chamou-a para integrar a equipa que se ocupou da Reforma do Sistema Educativo entre 1989 e 1991. Desempenhou funções de coordenadora da reforma curricular do 2.o ciclo. Nos dois anos seguintes dedicou-se a um estudo sobre os jovens e a leitura no âmbito do Instituto de Inovação Educacional.
Mascote Gil - Expo 98
Em 1994 aceitou o convite da Expo 98 para dirigir o Jornal do Gil. Em 1997 foi destacada para o gabinete do Ministro da Educação a fim de estabelecer a ligação pedagógica entre o Pavilhão de Portugal da Expo 98 e as escolas.
Pavilhão de Portugal - Expo 98
Em 1998 foi convidada pela Editorial do Ministério da Educação para coordenar uma revista multicultural destinada aos países africanos de língua oficial portuguesa. A revista Tu Cá Tu Lá foi patrocinada pelo Instituto Camões e pelo Instituto de Cooperação Portuguesa.
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